segunda-feira, 18 de junho de 2012

Material para recuperação de ARTE – 2º ANO - ALFA



Material para recuperação de ARTE – 2º ANO - ALFA  
FRENTE B - ARTE BARROCA NO BRASIL:
FRENTE B - ARTE BARROCA:
2 ano - FRENTE B - ROCOCÓ:
2 ano - FRENTE B - NEOCLASSICISMO:
2 ano - FRENTE A - MÚSICA BARROCA:    http://www.mediafire.com/view/?s5ljmk96mb9xqrc

Material para recuperação de ARTE – 1º ANO - ALFA



Material para recuperação de ARTE – 1º ANO - ALFA  
FRENTE B - BELEZA PELO TEMPO:
FRENTE B - ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA:
FRENTE B - ARTE NA MESOPOTÂMIA:
1 ano - FRENTE A - MÚSICA NA PRÉ-HISTÓRIA E ANTIGUIDADE:
1 ano - FRENTE B - ARTE GREGA:
1° ano - FRENTE B - ARTE EGÍPCIA:

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O casal Rosemberg era inocente – FALSO!

Acusado de espionagem, preso, condenado e executado em 1953, o casal sempre negou ter fornecido informações aos soviéticos. 
Mas novas provas mostram o contrário



Julius e Ethel Rosenberg eram um casal de judeus nova-iorquinos comunistas. Em junho de 1950, David Greenglass, ex-mecânico das usinas atômicas de Los Alamos, foi preso. Ele reconheceu ter recebido dinheiro de um espião, Harry Gold, em troca do fornecimento de informações à União Soviética sobre os projetos da fábrica para a qual ele trabalhava. Greenglass acusou seu cunhado, Julius Rosenberg, de ser o cérebro do caso. O FBI prendeu Julius em 17 de julho de 1950 e, para fazer pressão, aprisionou sua mulher um mês depois. Eles foram condenados em março de 1951 por “conspiração com o objetivo de espionagem”, em pleno período anticomunista de “caça às bruxas” organizado pelo senador McCarthy.
Do chefe da acusação à escolha do procurador-geral Irving Saypol, apelidado de “o terror dos vermelhos”, para conduzir o caso, tudo contribuía para garantir uma pena pesada para o casal Rosenberg. Na prisão de Sing-Sing, perto de Nova York, eles negaram a culpa até o fim – em uma época em que a confissão poderia salvá-los da cadeira elétrica. Foram condenados à morte em 29 de março de 1951, o que deixou a opinião pública indiferente.

Mas o caso Rosenberg repercutiu e ganhou amplitude em 1952. Os comunistas proclamaram a inocência de Julius e Ethel e lançaram uma campanha mundial para salvá-los, denunciando um processo injusto. Moscou alimentou e explorou o caso, acusando os Estados Unidos de fascismo e antissemitismo; o que permitiu desviar a atenção do caso do complô antissemita dos “aventais brancos” (médicos), que Stalin organizava naquele momento na URSS. A opinião pública mundial comoveu-se, em vários países foram montados comitês de apoio que transcendiam as divisões políticas. O papa Pio XII chegou a pedir clemência.

Nada foi feito. Julius e Ethel Rosen-berg foram executados em 19 de junho de 1953. Tornaram-se, desde então, o símbolo de um trágico erro judicial. Contudo, em 1995, a CIA anunciou a liberação de mensagens arquivadas desde 1939 e conhecidas sob o nome de Projeto Venona. Elas comprovavam a culpa dos Rosenberg, designados nas mensagens sob os codinomes “Antena” e “Liberal”. Decifradas na época, as mensagens não haviam sido exibidas no decorrer do processo para não comprometer suas fontes. Os Rosenberg transmitiram aos soviéticos documentos relativos não à energia atômica, mas a radares e sonares.
As últimas dúvidas sobre a culpa do casal foram dissipadas em 1999, com o aparecimento das memórias de um antigo agente secreto soviético, Alexandre Feklissov. Ele confirmou haver recebido informações do casal Rosenberg, que estava à frente de uma “rede de primeira importância nos domínios da eletrônica e da aviação” quando os dois trabalhavam nas fábricas de armamentos durante a guerra.

Espiões e culpados, Julius e Ethel Rosenberg nem por isso deixam de ser as vítimas mais espetaculares do macarthismo e o símbolo de um erro judicial no qual se acreditou durante mais de 40 anos.

por Olivier Tosseri