terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cristóvão Colombo descobriu a América. FALSO !

Ele foi o primeiro europeu a chegar ao Novo Mundo e revelou aos homens de seu tempo a existência de um continente até então desconhecido. Certo? Errado!




Oficialmente, o título de “descobridor da América” pertence ao navegante genovês Cristóvão Colombo, mas ele não foi o primeiro estrangeiro a chegar ao chamado Novo Mundo. Além disso, o próprio Colombo nunca se deu conta de que a terra que encontrou era um continente até então desconhecido.

A arqueologia já revelou vestígios da passagem dos vikings pelo continente por volta do ano 1000. Leif Ericson, explorador que viveu na região da Islândia, chegou às margens do atual estado de Maine, no norte dos Estados Unidos, no ano 1003. Em 1010 foi a vez de outro aventureiro nórdico, Bjarn Karlsefni, aportar nos arredores de Long Island, na região de Nova York. Além disso, alguns pesquisadores defendem que um almirante chinês chamado Zeng He teria cruzado o Pacífico e desembarcado, em 1421, no que hoje é a costa leste dos Estados Unidos.

Polêmicas à parte, Cristóvão Colombo jamais se deu conta de que havia descoberto um novo continente. A leitura de suas anotações de bordo ou de suas cartas deixa claro que ele acreditou até a morte que tinha chegado à China ou ao Japão, ou seja, às “Índias”. É o que o navegador escreveu, por exemplo, em uma carta de março de 1493.

Mesmo nos momentos em que se apresenta como um “descobridor”, Colombo se refere aos arredores de um continente que o célebre Marco Polo – do qual foi leitor assíduo – já havia descrito. Em outubro de 1492, depois de seu primeiro encontro com nativos americanos, o explorador fez a seguinte anotação em seu diário de bordo: “Resolvi descer à terra firme e ir à cidade de Guisay entregar as cartas de Vossas Altezas ao Grande Khan”. Guisay é uma cidade real chinesa que Marco Polo visitara. Nesse mesmo documento, Colombo escreveu que, segundo o que os índios haviam informado, ele estava a caminho do Japão. Os nativos tinham apontado, na verdade, para Cuba.

Suas certezas foram parcialmente abaladas nas viagens seguintes, mas o navegador nunca chegou a pensar que aportara em um novo continente. Sua quarta viagem o teria levado, segundo escreveu, à província de “Mago”, “fronteiriça à de Catayo”, ambas na China.

Apesar disso, Colombo revestiu seus relatos com um tom profético. “Estou convencido de que se trata do paraíso terrestre”, disse a respeito da foz do rio Orinoco, no território das atuais Colômbia e Venezuela. Quando voltou à Europa, ele chegou a redigir um “livro de profecias”, no qual juntou citações bíblicas a textos de cosmografia e de profetas medievais numa tentativa de, aparentemente, relacionar o Novo Mundo aos reinos míticos de Társis e Ofir, citados no Antigo Testamento. A obra não chegou a ser terminada.

Somente nos últimos anos de sua vida o genovês considerou a possibilidade de ter descoberto terras realmente virgens. Mas foi necessário certo tempo para que a existência de um novo continente começasse a ser aceita pelos europeus. Américo Vespúcio foi um dos primeiros a apresentar um mapa com quatro continentes. Mais tarde, em 1507, a nova terra seria batizada em homenagem ao explorador italiano. Um ano depois da morte de Colombo, que passou a vida sem entender bem o que havia encontrado.

sábado, 25 de setembro de 2010

Papel + criatividade...






É sensacional ver pessoas talentosas em plena atividade. As fotos que ilustram este post provam isso. A maioria dos edifícios e estruturas apresentadas aqui são feitas em uma única folha de papel, dobrada e cortada milimetricamente para criar belas esculturas.

O que torna os trabalhos fantásticos, além da estética, é o esforço e imensa quantidade de paciência que cada artista deposita.






A divisão do Mar Vermelho, pode realmente ter acontecido...





Um dos episódios mais dramáticos da Bíblia, a divisão do Mar Vermelho, pode realmente ter acontecido. É o que novas pesquisas científicas mostram.

Entretanto, o evento descrito no Livro de Êxodo foi, provavelmente, motivado por condições meteorológicas e não por uma intervenção divina.
Um estudo de modelagem sugere que um vento forte poderia ter dividido as águas tal como descrito na Bíblia, intrigando os estudiosos e encantando os filmes de Hollywood. A localização do provável milagre também não teria sido no Mar Vermelho e sim na região do Delta de Nilo.

No relato do Êxodo, Moisés e os israelenses estavam presos entre os carros de Faraó e uma massa de água, identificada como o Mar Vermelho. Graças a uma intervenção divina, um forte vento oriental acabou separando as águas para deixar um trecho de terra seca, com paredes de água em ambos os lados. Por ali, os guiados por Moisés conseguiram fugir do exército de Faraó e os soldados, que vinham logo atrás, acabaram sendo afogados.

Segundo uma matéria do Daily Mail, um grupo de cientistas norte-americanos estudaram mapas antigos da região do Delta do Nilo, onde localizaram o provável local do evento. Análises de registros arqueológicos, medições por satélite e mapas permitiram aos pesquisadores estimar o fluxo de água e profundidade no local há 3 mil anos.

Um modelo digital do oceano foi então utilizado para simular o impacto de um vento forte nas águas. Os cientistas descobriram que um vento leste teria impulsionado as águas.

Por um período de quatro horas, as águas realmente teriam sido separadas, com obstáculos de água em ambos os lados e criando uma passagem de 3, 2 km de comprimento e 5 km de largura. Assim que os ventos diminuíram, as águas voltaram ao fluxo normal.

Carl Drews, do Centro Nacional para Pesquisas Atmosféricas, em Boulder, Colorado, declarou: “A separação das águas pode ser compreendida através da dinâmica de fluidos. O vento moveu a água de uma forma que, em conformidade com as leis da física, criou uma passagem segura de água em dois lados e, em seguida, abruptamente permitiu que a água corresse de volta”.

Ele ainda complementou: “As pessoas sempre ficaram fascinadas por esta história do Êxodo, querendo saber se tratava-se de fatos históricos. O que este estudo mostra é que a descrição da divisão das águas na verdade tem uma base em leis físicas”.


Um conjunto de 14 simulações de computador mostrou que a terra seca também pode ter sido exposta em outros dois locais próximos, durante a tempestade de vento.