terça-feira, 29 de junho de 2010

Mantenha-se sempre atento...


As origens do futebol no Brasil...

Exposição virtual organizada pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo reúne imagens e textos que contam a história do esporte no país

O Arquivo Públivo do Estado de São Paulo organizou uma exposição on-line sobre a história do esporte mais popular de nosso país. A página “Futebol no Brasil: das origens à popularização” apresenta fotografias, revistas, jornais e demais materiais retirados do acervo da instituição que retratam a trajetória da maior paixão nacional, das origens no século XIX à consagração.

A mostra foi dividida em sete seções que tratam de temas como o uso político do esporte pelos governos, a presença feminina nos gramados, o marketing que gira em torno do futebol e a construção de nossa imprensa esportiva. Além disso, é possível consultar um glossário de termos ligados ao mundo da bola e uma pequena bibliografia sobre o esporte.

O grande destaque do site fica por conta da seção “Atividades pedagógicas”. Nela, o internauta pode fazer download de 11 propostas educativas voltadas a alunos do ensino fundamental e médio. Em todas elas, o acervo do Arquivo do Estado é usado para promover discussões sobre a sociedade, a política e a história de nosso país durante o século XX. Uma boa dica para professores e demais profissionais de educação.

Espiões russos são descobertos e presos...

Por The New York Times

Eles viveram por mais de uma década em cidades americanas e subúrbios, de Seattle a Nova York, e pareciam casais comuns, com empregos habituais, conversando com vizinhos sobre escolas e pedindo desculpas por adolescentes barulhentos.

Na segunda-feira, no entanto, promotores federais acusaram onze pessoas de fazer parte de uma rede de espionagem russa, vivendo sob nomes falsos e envolvidos profundamente num paciente esquema para penetrar no que uma mensagem em código chama de “círculos de decisão política” americanos.

Uma investigação do FBI que começou sete anos atrás culminou com a prisão no domingo de dez pessoas em Yonkers, Boston e no norte da Virgínia. Os documentos detalhados que as autoridades chamam de “programa de clandestinos” é um ambicioso esforço de longo prazo da SVR, a sucessora da soviética KGB, para plantar espiões nos Estados Unidos com o objetivo de recolher informações e recrutar novos agentes.

Os supostos agentes estão envolvidos em recolher informações sobre armas nucleares, política americana sobre o Irã, liderança da CIA, ações do Congresso e muitos outros tópicos, disseram os promotores. Os espiões russos faziam contato com ex-funcionários graduados da segurança nacional americana e pesquisadores nucleares, entre outros. As acusações não incluem espionagem e não está claro quais segredos os suspeitos – que incluem cinco casais – estavam coletando.

Após anos de vigilância do FBI, os investigadores decidiram fazer as prisões no final de semana passado, logo depois da visita do presidente russo, Dmitri Medvedev, ao colega Barack Obama. O presidente americano não ficou feliz com a data, mas investigadores temiam que alguns suspeitos pudessem escapar, segundo um oficial.

As acusações apresentadas em tribunais distritais na segunda-feira podem ser vistas como um thriller à moda antiga da Guerra Fria. Espiões trocando sacos de laranja idênticos em uma escadaria de estação ferroviária, identidade emprestada de um canadense morto, passaportes falsos, tinta invisível, uma grande soma de dinheiro enterrado durante anos num campo ao norte de Nova York.

Mas a rede dos chamados “clandestinos” – espiões operando com nomes falsos fora da cobertura usual da diplomacia – também usou tecnologias digitais, segundo as acusações. Eles incorporaram mensagens codificadas em imagens de aparência comum publicadas na internet e dois deles se comunicavam usando softwares especiais em seus laptops.

Especialistas em inteligência russa manifestaram surpresa com a dimensão, longevidade e dedicação do programa. Eles notaram que Vladimir Putin, primeiro-ministro russo e ex-presidente e chefe de espionagem, tinha trabalhado para restaurar o prestígio da inteligência russa depois do colapso da União Soviética e a péssima imagem da KGB.

“A magnitude, e o fato de haver muitos envolvidos, foi um choque para mim”, disse Oleg Kalugin, ex-general da KGB que trabalhou com espião soviético nos Estados Unidos nos anos 60 e 70 sob a cobertura “legal” como diplomata e correspondente da Rádio Moscou. “É um retorno aos velhos tempos, nos piores anos da Guerra Fria. Acho que não há mais de dez clandestinos nos Estados Unidos, provavelmente menos.”

As autoridades americanas também seguiram um grupo de agentes baseados em Yonkers em viagens para um país da América do Sul não identificado, onde foram filmados recebendo sacos de dinheiro e passando mensagens escritas com tinta invisível para russos num parque público. Os promotores afirmaram que o “programa de clandestinos” se estende a outros países. Com o uso de documentos fraudados, os espiões podem “assumir identidades de cidadãos ou residentes legais de países onde foram plantados”.

Por vezes eles cursam universidades, arrumam empregos e se ligam a associações profissionais para aprofundar suas identidades falsas. Uma mensagem dos chefes em Moscou, em inglês desajeitado, dá conta da mais reveladora atribuição dos agentes: “Você foi mandado para os Estados Unidos para um trabalho de longa duração”, diz o texto. “Sua educação, conta bancária, carro, casa – tudo serve a um objetivo: cumprir sua missão principal, a pesquisa e desenvolvimento de laços com círculos políticos e o envio de relatórios de inteligência.”

Os presos foram acusados de conspiração (e não por suposta espionagem), lavagem de dinheiro e omissão, por não se registrarem com agentes de um governo estrangeiro. Os crimes têm sentenças que variam entre cinco e 20 anos. Eles não foram acusados de obter material secreto.

domingo, 27 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Perigoso Sabre de Luz, semelhante ao usado em Star Wars vira febre...




O Spyder III Pro Arctic foi considerado o laser mais perigoso já criado. Ele tem um feixe 1000 mais forte do que a luz solar e é tão poderoso que pode derreter a pele dos usuários, e também causar câncer.
Aliás, o laser é tão potente que pode ofuscar os pilotos de aeronaves que estão a vários quilômetros de distância.
“Este laser pode ser um dispositivo muito desagradável nas mãos erradas. Ele pode ser usado para causar cegueira num motorista e causar uma carnificina. E sob nenhuma circunstância eles deveriam estar à venda na internet”, disse John Colton, diretor da Lucid Optical Services ao The Sun.
Christine Heemskerk, da Trading Standards, disse: “Nós estamos seriamente preocupados com a venda desses produtos – que só deveriam ser vendidos para uso industrial”. “Extremamente perigoso é um eufemismo para o poder desse laser”.
O site diz que os grandes riscos estão nas queimaduras de pele e cegueira instantânea, mas são os usos alternativos, feitos pelos fãs de Star Wars como Sabre de Luz, que lideram a fila de acidentes.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Morre aos 87 anos o escritor português José Saramago, Nobel Literatura em 1998...

Do UOL Notícias Em São Paulo
Morreu nesta sexta-feira (18) em Lanzarote (Ilhas Canárias), o escritor português José Saramago, aos 87 anos. Saramago ganhou o Prêmio Nobel da Literatura em 1998.O escritor nasceu em 1922, em Azinhaga, aldeia ao sul de Portugal, numa família de camponeses.Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora.Começou a atividade literária em 1947, com o romance Terra do Pecado. Voltou a publicar livro de poemas em 1966. Atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no Diário de Lisboa. Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. Acuado pela ditadura de Salazar, a partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.Em 1980, alcança notoriedade com o livro Levantado do Chão, visto hoje como seu primeiro grande romance. Memorial do Convento confirmaria esse sucesso dois anos depois.Em 1991, publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro censurado pelo governo português - o que leva Saramago a exilar-se em Lanzarote, nas Ilhas Canárias (Espanha), onde vive até hoje. Foi ele o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998.Entre seus outros livros estão os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), Ensaio sobre a Cegueira (1995), Todos os Nomes (1997), e O Homem Duplicado (2002); a peça teatral In Nomine Dei (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos Cadernos de Lanzarote (1994-7).

terça-feira, 15 de junho de 2010

Inscrições para o ProUni começam nesta terça-feira...


A partir desta terça-feira e até o próximo dia 19, os interessados em participar do Programa Universidade para Todos (ProUni) já podem se candidatar a uma das 60.488 bolsas oferecidas em 1.225 instituições privadas de ensino superior. As inscrições acontecem a partir das 10h no site do Ministério da Educação (MEC).
De acordo com o governo, do total disponível para o segundo semestre de 2010, 39.113 das bolsas são integrais e 21.375 parciais, que custeiam 50% da mensalidade. As bolsas integrais são destinadas aos alunos com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio (765 reais). Já as parciais são para os candidatos cuja renda familiar mensal per capita não seja superior a três salários mínimos (1.530 reais).
Aqueles que desejam participar do ProUni devem ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em colégio particular como bolsista. Também é necessário ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009 e alcançado no mínimo 400 pontos na média das cinco provas. Podem se inscrever professores da rede pública de ensino básico interessados em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia, desde que estejam em exercício. Nesse caso, não é necessário cumprir o critério de renda.
A lista dos pré-selecionados em primeira chamada deve ser divulgada no dia 21 de junho. No período de 22 de junho a 2 de julho os selecionados deverão comparecer às instituições de ensino para entregar documentos que comprovem as informações prestadas durante as inscrições.

Quantidade de água na Lua é maior do que se pensava...

A quantidade de água na superfície lunar é maior do que os astrônomos pensavam, revelou um estudo divulgado na segunda-feira. As recentes missões à Lua revelaram a presença de gelo nas sombras das crateras, e também sob a poeira lunar. "A água pode ser onipresente no interior lunar", afirmaram os pesquisadores à revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
"Por mais de 40 anos pensamos na Lua como seca", disse Francis McCubbin, do Instituto Carnegie, de Washington, que liderou o estudo. "Descobrimos que o conteúdo mínimo de água variava de 64 partes por bilhão a 5 partes por milhão - pelo menos duas ordens de magnitude maior do que os resultados anteriores."
A água não está imediatamente acessível - ela está incorporada ao interior rochoso da Lua, segundo o relatório. Hoje, a maioria dos cientistas acredita que a Lua se formou quando um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra, ejetando um material que se aglutinou e começou a orbitar o planeta, 4,5 bilhões de anos atrás.
Houve formação de magma nesse processo, e algumas moléculas de água podem ter sido preservadas conforme o magma esfriava e se cristalizava. Os pesquisadores examinaram amostras recolhidas há 40 anos durante as missões lunares Apolo. Rochas do tipo mais comum no interior contêm evidências químicas de compostos de hidrogênio e oxigênio que indicam a presença de água.
"As concentrações são muito baixas e, por isso, foram até recentemente quase impossíveis de detectar", disse em nota Bradley Jolliff, da Universidade de Washington, em Saint Louis, que trabalhou na pesquisa. "Podemos agora finalmente começar a considerar as implicações e a origem da água no interior da Lua."

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Cemitério milenar é descoberto no Egito...

Arqueólogos encontram conjunto de túmulos onde foram enterradas mais de 40 múmias de diversos períodos da história do país do Nilo.

Uma missão arqueológica encontrou, a 130 km da cidade do Cairo, no Egito, uma coleção de 45 túmulos de antigos habitantes do reino dos faraós. Os achados datam de diferentes períodos, como a primeira e a segunda dinastias (2750 a 2649 a.C.), o Novo Império (2030 a 1660 a.C.) e o Período Tardio (724-343 a.C.). Ao todo, as descobertas cobrem mais de dois milênios de história egípcia.

O arqueólogo Zahi Hawass, Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito (SCA), afirmou em seu site que as sepulturas abrigam sarcófagos de madeira com múmias em excelente estado de preservação. Em declaração à mesma página de internet, o professor Abdel Rahman El-Aydi, líder da expedição responsável pelo achado, disse que algumas dessas tumbas estão quase intactas, o que pode fornecer novos dados aos pesquisadores do antigo Egito.

As 45 tumbas foram encontradas no sítio arqueológico de Lahoum, na cidade de Fayoum. A equipe do professor El-Aydi já havia encontrado, no ano passado, 53 túmulos de pedra de vários períodos da história egípcia que ainda estão sendo escavados.

As origens históricas do Dia dos Namorados...

Celebração em homenagem a São Valentim surgiu na Idade Média e por séculos foi uma festa que liberou mulheres casadas para trair seus maridos...

O dia dos namorados, ou dia de São Valentim, como é chamado em alguns países, é uma das principais datas comemorativas do planeta. A troca de presentes e mensagens entre os casais aquece o comércio e gera cifras colossais em diversos países. No entanto, a celebração nem sempre foi ligada ao comércio. A festividade tem raízes históricas que remontam aos rituais pagãos da Roma antiga.

De acordo com a tradição, o dia 14 de fevereiro, data em que o dia dos namorados é comemorado em países como os Estados Unidos, relembra o aniversário de morte de São Valentim, mártir cristão que provavelmente viveu durante o século III. Nesse período, o imperador romano Claudio II proibira os casamentos, por acreditar que os homens solteiros e sem responsabilidades familiares eram melhores soldados. Valentim se opôs a essa decisão, concedendo as bênçãos matrimoniais a jovens noivos de forma clandestina.

A rebeldia do santo o levou à prisão e ele acabou decapitado no ano de 270. Durante o período em que esteve trancafiado, Valentim teria se apaixonado por uma jovem, filha do carcereiro, com quem manteve um romance secreto. Antes de sua morte, o religioso lhe escreveu uma mensagem em que assinou “do seu Valentim”, criando aquilo que se tornaria o primeiro cartão de dia dos namorados.

Dois séculos depois, no ano de 496, o papa Gelásio I escolheu Valentim como símbolo dos enamorados. No entanto, toda a saga do mártir é incerta. Há pelo menos três religiosos com o nome de Valentim, dois deles sepultados em Roma e um terceiro que teria sido morto na África. A própria Igreja Católica, em 1969, deixou de celebrar o aniversário do santo por considerar suas origens – e mesmo sua existência – incertas.

Apesar dessas dúvidas sobre a verdadeira história do mártir, a data que relembra sua morte se consolidou durante o período medieval, mas de uma maneira muito diferente da que conhecemos hoje. Ligadas a rituais de fertilidade e renovação da terra que remontam ao período romano, as comemorações do dia de São Valentim eram o momento em que as rígidas condutas morais impostas pela Igreja Católica eram quebradas. Nessas festividades, as mulheres casadas reconquistavam as liberdades do tempo de solteiras e ficavam livres para flertar com quem quisessem, podendo até cometer adultério com a tolerância de seus maridos.

Esse tipo de conduta, que desafiava o sagrado dever da fidelidade, foi duramente combatido pela Igreja, especialmente após o século XVII, durante a chamada Contra-Reforma. Essas tradições se mantiveram por algum tempo em regiões como Turim e Gênova, mas a partir do século XX já haviam desaparecido por completo. A partir de então, a comemoração do dia de São Valentim abandonou suas raízes libertinas e se tornou uma ocasião para as demonstrações de afeto entre casais de todo o planeta.

No Brasil, a história do dia dos namorados começou em 1949. Na época, o empresário João Dória trouxe do exterior a ideia de celebrar uma data em homenagem aos jovens casais. No entanto, a festa passou por algumas adaptações para se encaixar melhor nas tradições do país. Em primeiro lugar, a referência a São Valentim, santo nada popular na cultura brasileira, foi abandonada. Em seguida, trocou-se o dia 14 de fevereiro pelo 12 de junho. A nova data, véspera do dia do “santo casamenteiro”, Santo Antônio, foi escolhida para que a festividade pudesse animar o fraco comércio no sexto mês do ano. E deu certo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Um Google histórico...

Instituições de ensino da Inglaterra se unem para criar sistema de buscas on line para documentos da história britânica

Doze universidades britânicas uniram-se para criar um sistema inteligente de buscas, capaz de pesquisar apenas entre fontes históricas. É o Connected History Project, que vai reunir livros, periódicos, manuscritos, registros civis, mapas e imagens datadas entre 1500-1900.

Inicialmente limitado à história britânica, o site deve funcionar como uma espécie de Google, mas que vasculha, especificamente, arquivos históricos. O projeto está sendo encabeçado pela Universidade de Sheffield e conta com o Instituto de Pesquisas Históricas e a Universidade de Londres, entre outros, como participantes. Entre os acervos que estão sendo integrados estão bancos de dados com registros civis, mapas, imagens, coleções de jornais do séculos XVII a XIX, documentos parlamentares, recenseamentos, relatórios estatísticos sobre a população, registros de igrejas, panfletos etc.

A previsão dos organizadores é que o site esteja pronto até março de 2011 e atraia acervos de outras instituições.

O que é bom dura pouco...

Guillermo Del Toro deixou os dois filmes baseados em O Hobbit, mas prometeu ao fórum The One Ring, especializado em O Senhor dos Anéis, que escreveria uma última vez para falar da sua saída.

Del Toro o fez neste domingo. Leia os trechos mais interessantes do post:

"Pete [Jackson] e companhia têm se comprometido com OSdA por anos, eu também venho desenvolvendo filmes por anos, e rodei vários em locações... Mas raramente você se desloca assim para um período longuíssimo, e especialmente você tem contratos forjados em ferro que congelam outras obrigações contratuais que você tenha com múltiplos estúdios. Meu comprometimento com o projeto exigia enormes sacrifícios tanto pessoais quanto profissionais, e as consequências se estenderiam por anos. Eu trouxe minha vida e minha família para a Nova Zelândia em 2008.

Então, enquanto os conhecidos atrasos, os obstáculos e as complexidades contratuais não sejam culpa de uma pessoa ou de uma entidade, você simplesmente precisa entender que a situação ficou suficientemente complexa para dar no que deu. Acredite, deixar o pessoal de O Hobbit é extremamente doloroso. Como eu disse antes, toda a sorte de designs, animatrônicos, storyboards e esculturas que estou deixando representam fielmente minhas ideias para Mirkwood, aranhas, Wargs, Stone Trolls etc, e todo mundo tem o mesmo objetivo em mente: assegurar a melhor transição possível para o novo diretor.

Acredito que esses filmes acontecerão. A pré-produção continua neste exato momento. A equipe de roteiristas, eu incluso, continuará trabalhando. Não estou aqui para explicar passo a passo a situação, mas pra dizer que ela tem sido a mais difícil da minha vida. A partir de agora não sou mais uma voz oficial nesse projeto - e convido todo mundo a acompanhar a próxima fase da minha jornada como cineasta."


Del Toro não fala nada sobre esses futuros projetos - mas há especulações. O Hobbit está em hiato até que a dona dos direitos, a MGM, resolva seus problemas financeiros (que já haviam vitimado 007 em abril).

sábado, 5 de junho de 2010

Os vikings não passavam de meros saqueadores?

Esses “homens do norte” ou nordmanni, como eram chamados nos séculos IX e X, eram meros selvagens que atacavam as pobres populações cristãs indefesas. Certo? Errado!

O termo viking designa os homens que surgiram no litoral da Europa ocidental no fim do século VIII. Oriundos da Escandinávia, eles organizavam expedições a bordo de seus navios, os #knorr#, pelas margens do Báltico e do Mar do Norte.

Seus objetivos eram variados. Praticavam atividades comerciais importantes, mas também pilhavam as populações costeiras, às vezes subindo rios como o Reno, o Sena e o Loire. A primeira grande incursão teve como alvo as ilhas britânicas na década de 790. Pouco depois, os vikings chegaram à costa do continente europeu.

Durante grande parte do século IX, o reino da Frância Ocidental foi particularmente visado, e Carlos, o Calvo, foi obrigado a lhes pagar tributo. Em certos casos, eles se instalavam em terras estrangeiras. Foi assim com a Normandia, concedida ao líder viking Rollo por Carlos, o Simples, em 911. Em troca, o chefe viking comprometeu-se a proteger o litoral franco contra futuros ataques.

No entanto, convém relativizar a oposição entre francos e vikings. Estes não eram os únicos que praticavam a pilhagem. No século VIII, os pipinidas, à frente do reino dos francos, promoveram expedições contra os saxões ou os turíngios que não se distinguiam dos ataques vikings.

O saque representava uma ação heroica para os reis carolíngios. O butim era frequentemente exibido como prova de valor guerreiro. Pode-se dizer que, durante muito tempo, o "viking" foi o franco. Afinal, as pilhagens do século IX nada tinham de novo. Incomum foi o fato de os francos passarem a ser as vítimas.

Então por que essa imagem de bárbaros? Ela se explica pelas fontes, essencialmente clericais e monásticas. As igrejas e mosteiros eram o alvo privilegiado dos vikings, daí a reação veemente dos clérigos. Alguns, como o monge inglês Alcuíno, apresentavam os vikings como um castigo divino. Afinal de contas, faziam parte de um mundo estrangeiro, desconhecido, assustador, no qual se costumava situar os monstros descritos pelos autores da Antiguidade.

Certos missionários chegaram a ver cinocéfalos (homens com cabeça de cão) entre os pagãos do Norte. Foi assim que se construiu uma imagem que, de certo modo, espelhava o contrário do mundo franco. Os vikings eram apresentados como seres imundos, ímpios, rudes, ao contrário do mundo carolíngio, que se considerava civilizado e cristão. O esquema empregado foi o mesmo que opôs romanos a bárbaros. Uma imagem negativa, pois revela mais sobre as representações do “outro” por parte dos clérigos carolíngios que sobre a realidade histórica dos próprios vikings.